sábado, 10 de abril de 2010

Aminoacidos


Quimicamente, os aminoácidos são pequenas moléculas, que, ao agruparem-se, formam as proteínas. Estas, por sua vez, são um nutriente indispensável ao ser humano, desempenhando diversas funções, nomedamente:
- Funções plásticas, uma vez que são constituintes dos tecidos e células, nomeadamente do tecido muscular;
- Estão presentes no nosso material genético;
- São constituintes das hormonas péptidicas e de alguns neurotransmissores;
- Têm uma função reguladora, pois, todas as enzimas do nosso organismo são proteínas;
- São estimulantes do sistema imunitário, formando anticorpos.

Os aminoácidos, com base na forma como são adquiridos, podem ser classificados em dois tipos: essenciais ou não essenciais. Consideram-se essenciais, ou indispensáveis, aqueles que o nosso organismo não tem capacidade de sintetizar, logo, a única forma de que dispomos para os obter, é através da ingestão de determinados alimentos, nomeadamente através da carne, dos ovos, do leite e seus derivados.

Quanto aos aminoácidos não essenciais, são aqueles que o nosso organismo consegue produzir, mais concretamente, que o nosso fígado sintetiza. Assim, destacamos os seguintes: alanina, ácido aspártico, ácido glutâmico, cisteína, glicina, glutamina, hidroxiprolina, prolina, serina e tirosina.

Relativamente aos aminoácidos essenciais, uma vez que são tão importantes para a nossa saúde, fique a conhecer as funções de cada um deles.

Metionina: fortalecer o cabelo e as unhas, melhorando, simultaneamente, a saúde da pele; é igualmente benéfico para a degradação das gorduras, evitando sua acumulação no fígado e nas artérias, melhorando assim o funcionamento do coração, dos rins, do fígado e do cérebro.

Valina: Possui um efeito estimulante e a sua carência pode resultar num desequilíbrio de nitrogénio no corpo. Permite melhorar o metabolismo muscular e a regeneração de tecidos.

Isoleucina: Estabiliza e regula os níveis de açúcar no sangue e os níveis de energia. É fundamental para a produção de hemoglobina. Metabolizada no tecido muscular, as carências de isoleucina podem originar sintomas muito idênticos aos da hipoglicemia.

Leucina: Á semelhança da isoleucina, a leucina pode evitar estados de fadiga crónica. Por outro lado, é fundamental para a regeneração dos ossos, do tecido muscular e da pele.

Fenilalanina: a fenilalanina estimula o funcionamento da tiróide e a preservação dos vasos sanguíneos. Eficaz no controlo da dor, principalmente para quem sofre de artrite, pode ajudar os doentes com Parkinson, e reduz o apetite.

Tripofano: Conhecido pelas suas propriedades calmantes, o triptofano ajuda a controlar a hiperactividade em crianças, alivia o stress e é benéfico para o coração.

Lisina: É fundamental para o adequado crescimento e desenvolvimento ósseo nas crianças, uma vez que potencia a absorção do cálcio. Intervém na produção de anticorpos, hormonas e enzimas, bem como na formação de colágeno e na regeneração dos tecidos. A lisina exerce, ainda, uma influência benéfica na redução de triglicéridos no sangue.

Treonina: Importante para a produção de colágeno e elastina, a treonina melhora o funcionamento hepático. Encontra-se presente no coração, sistema nervoso central e músculo-esquelético.

A histidina e a arginina são também aminoácidos essenciais, todavia apenas durante a infância, sendo que mais tarde passam a ser sintetizados pelo nosso organismo.

Como pode constatar os aminoácidos desempenham, efectivamente, um papel vital na nossa saúde, exercendo efeitos benéficos a vários níveis. Se por um lado, a produção de aminoácidos não essenciais está assegurada pelo seu organismo, a diversidade, a quantidade e a qualidade de aminoácidos essenciais depende da sua alimentação e suplementarão. Lembre-se que uma dieta equilibrada e variada é indispensável!